Policiais abordam, apontam armas e algemam ciclista que fazia manobras em parque em Goiás

Veja vídeo que repercutiu nas redes sociais. Caso será investigado

           

https://www.facebook.com/g1/posts/5267567123295330

O comportamento desproporcional dos policiais mostra o despreparo que possuem para diferenciar situações em que devem realmente agir.
Hoje durante as manifestações contra Bolsonaro no Recife, a polícia agiu de forma desrespeitosa e truculenta contra os manifestantes que estavam ordeiramente em caminhada.
Recife é governado por um aliado de Bolsonaro, o que nos mostra o porquê de tanta violência.
Temos visto ultimamente as polícias agindo com violência para coibir manifestações, bem como na abordagem de cidadãos, isso está se tornando corriqueiro. NUNCA vivenciamos isso a não ser durante a ditadura militar.
Será que já estamos vivendo sob um governo ditador? E não sabemos?


Só os nutellas que nunca tomaram uma geral da PM acham absurdo uma abordagem sem estar fazendo nada de errado.

Abordar pessoas aleatórias na rua é coisa que a PM faz sempre, assim como fazem nas blitz no trânsito. É importante pra evitar problemas e as vezes flagrar alguém com alguma pendência na justiça. E em qualquer abordagem na rua a gente tem que colocar a mão na cabeça e deixar revistar.

Nesse caso aí só virou confusão porque o cara não aceitou ser abordado, e o PM só apontou arma depois que ele foi pegar objeto no chão e ficou agitado em vez de obedecer. É nesse caso que a atenção com a reação do indivíduo tem que ser redobrada mesmo.


Certa vez a muito muito tempo atrás voltando pra casa depois de um longo dia de estágio/ curso fui abordado por uma patrulha de coxinha, era comum no caic bairro o de morava a alguns anos, o policial na mesma pegada que esses aí brecando o camarada da bike, questionaram pq eu estava com o olho vermelho, eu questionei vc parece jovem né? o gambé retrucou não te interessa minha idade, eu falei que tampouco interessava o motivo dos meus olhos estarem vermelhos, tomei uns tapa, fui pra casa e acendi um fino pra relaxar, o problema é a truculência mano! Quando o cidadão não demonstra ser de alta pereculosidade ele merece respeito ao ser abordado independente se ele tá na CDHU ou na Faria Lima, isso se chama medo se o cara tem medo vai fazer outra coisa.


Eu coloco as mãos na cabeça. Se no final da abordagem não me pedir desculpas peço a matrícula e denuncio. Eu entendo que o policial não tem como saber se sou vagabundo ou não só olhando pra minha cara. Tenho 54 anos e só tive problemas com abordagem policial quando reagia como esse jovem. O policial pode não ter sido educado, mas eu não pago para policiais serem educados, pago para serem coerentes e consistentes.
E sim, tem policial que é menos que bandido e merecia bala e cabeça e os próprios colegas aplaudiriam um vagabundo desses amanhecer comendo grama pela raiz - os honestos, claro. Acho que qualquer cidadão de bem ou não pode sofrer uma abordagem. Errado é - depois da abordagem - não diferenciar o que paga o salário do policial do que rouba. Mas o G1 quer é problematizar mesmo.


Abordagem padrão. Ninguém sabe qual era a denuncia. E daí se é branco, é preto, é amarelo?
É simples, é só obedecer a abordagem. Pronto! Resolve a situação em minutos. Mas agora tudo tem que se vitimizar. E se a denuncia for de arma? Acham fácil acreditar simplesmente em um não estou armado? E se tiver? E se ele virar e sacar uma arma, e atirar? E se ele fizer isso, qual forma mais fácil do policial se defender? Com arma em punho, ou no coldre? Aparece um monte de especialistas em segurança pública, que não sabem de nada. Antes de eu ser polícia era abordado quase todo dia, usava roupas estranhas, cabelo grande, tatuagens, e gostava de lugares escuros. Nunca tive problema. Nunca tive passagem. Até virar polícia e saber o motivo disso tudo, que se chama Efeito Surpresa... Por isso o motivo do pedido de mãos para o alto. Se não tiver devendo nada, e for verificado que não tem nada de errado, o policial vai explicar o motivo. Simples! Ou agora os polícias terão que chegar em alguém que eles não conhece e dizer? Por favor cidadão, por gentileza poderia virar? E pronto, um tiro na cara do policial... E ai? Vão aparecer defensores? Não vai. Acham que os polícias conseguem prender os bandidos como? Com a mesma forma de abordar. Chega de hipocrisia, de dar piti e querer dar palpite onde não sabem.
Vão serem abordados, cooperem! O policial durante a abordagem passou dos limites? Corregedoria nele! É muito simples! Agora esse mimimi atoa... E daí se estava gravando, andando de bicicleta ou de patins, não tem como o policial saber, não possui bola de cristal... o serviço é facinho... Vai lá, põe a cara...


Haiti
Canção de Caetano Veloso e Gilberto Gil

Quando você for convidado
Pra subir no adro da Fundação Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
E são quase todos pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos, quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro possam
Estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão
Se você for ver a festa do Pelô'
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer, qualquer
Plano de educação
Que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino de primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua
Sobre um saco brilhante de lixo do Leblon
E ao ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina
Cento e onze presos indefesos
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos, quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui




+