14 são presos suspeitos de participação em onda de ataques em Manaus

Atentados foram registrados na capital e em alguns municípios do interior do Amazonas. SSP diz que motivação foi a morte de um traficante.

           

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SOBRE O DOMINGO DE TERROR EM MANAUS

Você já viu um dono de bar ou de mercadinho matando e morrendo por vender cerveja/cigarro? Não. Sabe por quê? Porque é uma atividade lícita, permitida pelo Estado, apesar de o cigarro e a bebida alcoólica matarem muito mais seus usuários no mundo inteiro do que as drogas proibidas.

"Ah, João, mas então você vai querer que as drogas se alastrem por todo lugar?" Parceiro, você é cego? Hoje houve ônibus e banco queimado em todas as zonas da cidade. O tráfico soltou fogos à noite em todos os bairros. A droga já está em todo lugar, quer você queira ou não. Só que hoje estão nas mãos de facções criminosas que fazem da proibição um negócio muito rentável e aterrorizam a população. Se você é contra a descriminalização, saiba que o traficante também é, ou seja, vocês jogam no mesmo time!

E sabem porque o tráfico ilícito sempre existiu, mesmo com a proibição? Porque nós vivemos em uma sociedade capitalista! Está cheio de gente ferrada, em pobreza extrema, tentando sobreviver. Essas preocupações burguesas com cumprimento das leis ou com a coletividade não passam pela cabeça de quem precisa colocar comida na mesa. O capitalismo ensinou bem que todos precisam ascender economicamente nesta sociedade consumista. Não interessa se tem gente morrendo por causa disso. O individualismo sempre fala mais alto que o coletivismo.

Ainda estamos longe de alcançar este nível de consciência política. Falar sobre o assunto é como gritar entre quatro paredes. Elegemos políticos fascistas com discursos fáceis e enganadores sobre Segurança Publica. É mais fácil falar "bandido bom é bandido morto" do que discutir soluções para que os "bandidos" simplesmente não venham a existir, com governos que combatam a fome, as desigualdades sociais e a pobreza, com a Segurança Publica fora desta obsessiva "guerra às drogas". Mas seguimos debatendo. Quem sabe um dia este assunto seja tratado com seriedade e profissionalismo neste país.
Por Delegado João Taya




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