Professora perde emprego por postar fotos de biquíni no Instagram

A universidade nega que esse tenha sido o motivo da sua demissão

           

https://www.facebook.com/g1/posts/6830993956952631

Nick Jungle não é pessoal. Aí é que você se engana. O Facebook, o Instagram, YouTube, usam suas postagens para criar um perfil de consumo que é compartilhado com o mercado. As pessoas que fazem parte de seu círculo de "amigos" criam uma imagem sua baseada nas suas postagens. Se houver algo polêmico ou que elas consideram inadequado de acordo com a moral DELAS, você pode sair prejudicado. Se o seu empregador visitar sua rede social e encontrar fotos ou vídeos seus que ELE considere inadequados, sua opinião já não importa mais, portanto postar o que "você bem entende" tem um preço e quem não entende isso vai continuar parado na carreira, sem acesso à oportunidades, sem aumento de salário ou mesmo sem emprego.


Isso força a pessoa a não se manifestar conforme sua personalidade, ou suas próprias convicções.
Como é o caso dos funcionários públicos, principalmente os contratados, que se mantêm na "neutralidade" para não contrariar políticos e proteger seus cargos. Ou de artistas que não querem perder seguidores nem ser "cancelados".
Isso tbm pode ser encarado como uma forma de camufladamente coibir o direito e a liberdade individual da pessoa humana, uma maneira de agir antidemocráticamente, como quem nada quer.
Como se o trabalhador fosse só uma coisa e não tivesse vida própria. Como se ele fosse propriedade de empresas particulares ou dos órgãos governamentais.

Uma coisa é o profissional e seu comportamento dentro do ambiente do trabalho. Outra coisa é a pessoa com a sua vida pessoal. E não se deve misturar as coisas. O resto pode ser consequencia decorrente de uma possível falta de senso crítico e autocrítica.


Julia Lima Professor é pessoa pública sim. É membro de uma cátedra que deve ser respeitada e muitas vezes de uma instituição centenária que depende de sua imagem para continuar na liderança de mercado. Você não vai ver professor de Harvard, Princeton, MIT de sunga no Facebook. Se aqui isso acontece, é por um erro que não justifica outro. Professor deveria ser exemplo para seus alunos, referência. Quem não entende isso é por que perdeu a noção de civilidade, como eu estava dizendo. Acorda menina. Lacração não paga boleto. Quem quer uma carreira precisa cuidar da imagem, do que escreve, do que fala, etc. Fatos da vida.


Comentário com resumo para quem tem preguiça de ler: ela era professora de uma universidade na Índia. As fotos foram feitas antes dela começar a trabalhar na tal universidade. As fotos dela de biquíni foram postadas em seu próprio stories do Instagram. Um pai foi reclamar porque o filho dele viu as fotos. A universidade montou um comitê que convocou a professora para uma reunião. Na reunião eles apresentaram os prints impressos da professora de biquíni. Depois dessa humilhação ela teve que retornar com um pedido de desculpas feito por escrito, o que não foi aceito pela universidade, pois o pai magoado do aluno ameaçou fazer uma queixa na polícia, logo o conselho da universidade pediu que ela se demitisse voluntariamente. Detalhes interessantes: o perfil da professora era fechado. O aluno em questão é de uma UNIVERSIDADE e o pai foi lá reclamar.


Marcos Hiroshi Arakaki e quem falou em quantidade? eu falei que não devia ser tão privado, ou então não haveriam tantas pessoas acessando, no sentido que não era um grupo restrito de pessoas, mas praticamente qualquer um que quisesse acessar. Foi erro dela talvez, achar que era um grupo restrito? Não sabemos, certo? Sabemos que, por via das dúvidas, não faz sentido postar conteúdo que você não gostaria que acabasse na sala de seu empregador, na mão de gente que não te conhece, etc. Falta critério para as pessoas. E não só em casos onde a exposição é relacionada ao corpo, à sexualidade ou à intimidade. Tem muita gente sem noção se expondo desnecessariamente e trazendo problemas para suas carreiras, atrapalhando sua busca por um emprego, atrapalhando sua promoção...e para quê, exatamente?




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