MP faz operação para prender dirigentes de empresas de ônibus de SP suspeitos de ligação com crime organizado

Investigação aponta relação dos envolvidos com a facção criminosa

           

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Jornalistas e políticos encheram a boca para dizer que, ao confrontar Alexandre de Moraes e afirmar que não cumpriria as ordens judiciais emanadas do ministro, o americano de origem sul-africana Elon Musk havia ferido a soberania brasileira.

Na minha curiosidade antropológica a respeito do Brasil, a única que consigo manter, mesmo assim a duras penas, constato que o sentimento nacional, entre nós, é sempre reativo ao que é estrangeiro. Ele não existe quando o espelho somos nós mesmos.

A soberania interna do Brasil, por exemplo, é diariamente desafiada pelas facções criminosas que dominam os presídios, territórios urbanos e agora estendem os seus tentáculos à política. Mas, como os facínoras são brasileiros, não há nenhum jornalista falar em ameaça à soberania do país.

O apoio do governo Lula a ditaduras, como as da Venezuela, Nicarágua, Cuba e Rússia, também atenta contra a soberania brasileira, uma vez que contraria os preceitos básicos da nossa Constituição democrática e dos outros poderes constituídos que, teoricamente, os têm como fundamentos.

A falta de água tratada e esgoto da qual padece metade da população é outro ponto que fere a nossa soberania, uma vez que contribui enormemente para enfraquecer a saúde e diminuir a expectativa de vida do povo brasileiro, em nome do qual o Estado exerce a sua autoridade tanto interna como externamente.

Por que o nosso sentimento nacional só se manifesta em reação ao que é estrangeiro? Há um forte componente de chauvinismo no fenômeno. Ou talvez só haja chauvinismo, esse sentimento patriótico desmesurado e, consequentemente, ridículo frente ao que é forasteiro.

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Win McNamee/Getty Image




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